Primeiro post do blog

H e l l o.

 

Hoje, e porque hoje é o final de um mês e todos os finais de ciclos são demarcados por algo ou por alguma razão, finalizo então este meu mês de inúmeras batalhas com a criação de um novo blog, o meu, Âncoras De Uma Vida.

Será de opinião própria, uma visão da sociedade de hoje em dia. De como os outros nos vêem a nós mulheres, independentes e seguras de nós mesmas e como nós vemos os outros. Será também acerca de todas as viagens e experiências que aconteçam em cada entretanto.

Partilha

A forma mais genuína e talvez única que temos realmente de fazer o tempo que nos resta valer a pena. De o multiplicar e aproveitar.

É partilhá-lo.

Não conheço nada tão gratificante quanto a partilha. A partilha do tempo com aqueles que a valorização é compensatória, vale realmente a pena. Afinal, somos o que partilhamos. O que damos de nós aos outros é o que carregamos bem dentro de nós. As nossas vitórias nunca serão tão alegres e recompensadas, se não forem partilhadas. Tão pouco as nossas quedas e fracassos serão ensinamento, se não forem partilhadas.

Necessitamos trocar o passo. Adiantá-lo ou revertê-lo, se assim for de acordo com o nosso propósito. É preciso entrar numa cadência diferente. Num alinhamento com prumo e batimentos bem acelerados. Que afinal de contas, são esses que são essenciais para a vida, mas sobretudo para nos sentirmos vivos.

E a importância que a eles está subjacente, a partilha, essa sim faz o caminho valer a pena.

Valores Inversos

H e l l o.

Tenho vindo a me repetir vezes sem conta sobre o mesmo assunto. A sociedade atravessa uma enorme crise. De facto. Mas ao contrário do que todos pensam e dizem à boca cheia em jornais, nas ruas ou na mesa de café lá do bairro com o vizinho, referindo-se a ela como uma crise monetária, eu venho alertar-vos para uma crise bem maior que a monetária.

A de valores.

Essa sim, faz inverter todo o sentido que até então se tinha da sociedade, da comunidade, e passamos a viver no inverso. No lado de lá. Inversamente ao que nos ensinaram.

Infelizmente hoje, nenhum é aquele que possa levantar o dedo julgando-se dono e sr de princípios e valores. Hoje, e perdoei-me a minha sinceridade mas não sei ser de outro modo, até o mais velho, aquele que outrora foi educado e criado com o sentido de dar a sua palavra como maior garantia para assegurar o outro da veracidade das suas atitudes ou do seu cumprimento de algo, e fariam de tudo para não denegrir a sua honra. Caiu no vazio. Esfumou-se com o tempo. A prática, essa continua, mas não o cumprimento da mesma. Inverteram os valores e os princípios e deixaram-se então cair no lado inverso. Hoje, todos tratam o outro como lhes convém. Então, de que lhes vale dar a sua palavra?

Há demasiado nariz empinado para pouco olho no olho. Demasiadas palavras para tão poucas atitudes, e ainda mais dedo na cara para pouca mão no ombro.

En(sol)arados

Os dias ensolarados trazem a calma que todo o coração precisa. Um café e uma bela paisagem quando acompanhados. Carregam baterias, e a alma. Inspiram-me. Por poucos que sejam. Os raios de sol. Abraçam-me a mente e fazem-me viajar. Num bailado. De olhos fechados.

Sinto o calor do mais pequeno raio de sol a passar por dentro de mim. Fecho os olhos, encho o peito de ar e esvazio-o repetidas vezes. E continuo a viagem. É aqui que estendo o meu olhar todas as manhãs. E até nas cinzentas é encantador e admirável como o encanto permanece.

Eu e tu somos uma só tempestade em formação. Espécie de mapas meteorológicos que apresentam fenómenos ocasionais. Circulares e espirais de ciclones e ventos. Transbordamo-nos e enchemo-nos de vazio também. Na noite gélida em que chegas. E na manhã quente em que não estás.

Nós que não somos donos deste lugar. Ele é que se tornou nosso dono. Somos donos de nós. E dos momentos que criamos e eternizamos nele. Donos do que vemos e imaginamos. Do que queremos e do que idealizamos.

Aprendi a inspirar-me em todo o teu racionalismo, já que eu voava a todo o segundo. E tu como se eu tivesse uma corda presa no pé teimavas em puxar-me devagarinho para baixo.

Para mim, que sempre fui hipérbole em fim de linha. Mais fácil será compreender-te como uma metáfora.

 

Confia. Por ti e pra ti. Confia porque depois da tormenta um novo dia se avizinha e o sol volta sempre a brilhar. Confia com o coração. Porque ele sabe certeiramente o que o faz parar deixando-te em êxtase. Confia com toda a fé e esperança que ostentas no peito. Porque vai dar certo.

Segue o teu coração. Tantas quantas às vezes que forem necessárias. Segue-o por ti e para ti. Mas nunca pelo que os outros esperam.

Confia. Porque a vida nos seus contratempos e balanços sabe sempre o que faz. O que tira e o que te traz. Confia. Sem medo do amanhã. Sem mas nem porquês.

Confia. Sobretudo. Com o coração.

Spring is coming

A um dia de Março nos presentear com o começo de mais uma primavera. O  sol esse ainda se mostra tímido aos olhos de quem passa o dia a olhar para lá da janela.

O dia 21 é demarcado por todos os começos e finais de algo. Ora começa a primavera ora acaba, ora começa o verão, ora acaba e é um ciclo vicioso e contínuo a que todos estamos habituados. Eu prefiro tê-lo como O começo. Uma nova oportunidade, uma chance de se ser feliz, e sobretudo, a luz que ilumina os meus dias.

Haja vagar. Para apreciarmos ao pormenor o que nos rodeia. E sem rodeios o devorarmos com um sorriso e um olhar rasgado. Vagar, para sermos eternamente gratos por todas as boas novas que se sucedem. Por a cada manhã espreitar-mos pela janela e vermos o mundo lá fora. É sem vagar que esse mundo que pula e avança sem nos dar o gosto de travar o relógio por meros segundos que fossem. Por esse mundo nos ensinar que viver na incerteza de quem espera com paciência o desenrolar da vida, não é para todos. Que aprender a confiar no que aí vem, entrega-nos como num golpe de magia os sonhos que ainda nem sabemos ter. E nos entretantos é que a vida nos vai tirando o chão para que possamos glorificar cada vitória conseguida por mérito próprio. Para nos ensinar que nem todos os tapetes são assim tão necessários quanto os julgávamos. E que o tecto que contemplamos é bem mais importante.

Vagar. De(vagarinho)

In(desejos)

H e l l o.

Os inconvenientes da vida, todos sem excepção, advêm do cruzamento de pessoas (in)desejadas na nossa vida. Pessoas que de uma forma ou outra nos fazem esbarrar de frente com atitudes e comportamentos dos quais devemos fugir a sete pés. Se possível a mil. Fazem-nos ter percepção milimétrica daquilo que não devemos ser em momento algum.

Neste mundo tão longe da perfeição e que a cada dia exige de nós sempre um pouco mais e mais. Gerir quem sim e quem não é uma batalha constante. De truques, pouco se conhece quando se é autêntico. E o preço da autenticidade paga-se. Com direitos de autor incluídos também.

Trombas, é sem margem para dúvidas o meu nome do meio. E o meu dedo do meio tem um nome. Intuição. Encaixam como o fado e um copo de vinho.

Nunca fui de agradar a gregos e a troianos. Só me dou a quem tem magia. A quem consegue entender pelo olhar o que quero falar. A quem está sempre junto na caminhada. Mesmo que seja longa e dura. A quem arregaça mangas e é punho cerrado. A quem me é paz. Essa que é âncora das relações felizes. A quem diz que há bolo de bolacha no frigorifico. E sobretudo a quem me aquece a alma.

 

Aos meus. Que nunca percam o encanto pelo qual me encantei.

Voa

Aquele que parte não é o mesmo que volta!

Ouço infinitas vezes esta velha máxima. Compreendo-a na sua plenitude. Eu que também parti, mas vou voltando. Vou voltando e partindo.

Quando parto, levo na bagagem mil sonhos, receios e anseios. Parto com o coração pequenino e apertado, com a vontade de vos levar mais do que no peito…a meu lado. A cada partida já se fazem cálculos para o regresso ainda mesmo sem ter partido.

Bem sei que todas as partidas são necessárias, mas é que à medida que os anos passam vamos sentido mais falta do que deixámos a alguns km. Sabemos que é necessário voar, para longe ou para perto , o necessário é ir. Sair da nossa zona de conforto e partir em busca de novos horizontes, novos ares, culturas ou seja o que for.

Compramos os bilhetes e quando chegamos ao destino e observamos tudo ao nosso redor verificamos que nada nem ninguém nos é meramente familiar. Coloco os óculos escuros, avanço a passo acelerado mostrando que “sei perfeitamente para onde quero ir”. Para não dar uma de forasteira e evitar olhares.

A cada dia que passa, há um novo ensinamento, uma nova cara que conhecemos e, passado pouco tempo já nos sentimos em casa. Já temos uma rotina, um grupo de conhecidos e outro de vizinhos. Até já vamos ao café perto de casa de chinelos e quem sabe de pijama por baixo de um fato treino bem confortável!

Depois e no meio do stress de um dia banal, fazes contas. Contas das despesas que tens de facturar e, no meio dessas contas colocas os bilhetes para voltar.

Partimos, mas sempre sabemos que vamos voltar. E voltanos. Voltamos com o coração a arder por um abraço, com uma alegria tamanha de quem quer um colo e contar todas as aventuras que viveste estes dias no novo lugar que te acolheu. No lugar onde já não és forasteira mas mais uma. Voltamos com a ansiedade de ter os sorrisos e os olhares rasgados e a brilhar que deixámos quando partimos.

E quando chegamos. Está tudo igual. Os braços que nos largaram para partirmos estão novamente abertos para nos receberem. Os sorrisos abrem de tal forma que os olhos cerram como um chinês de tamanha felicidade. E nós voltamos a estar em casa. Na nossa zona de conforto até à próxima partida.

More than words

H e l l o.

Saí de casa a correr para variar um pouco. Felizmente hoje o sol deu um pouco da sua graça, mas o frio esse ainda persiste.

Enquanto tomava o pequeno almoço e esperava a minha Mariii. Que é daquelas que adora ficar até ao último segundo possível na cama. Deparei-me com as infinitas notícias que reportam o estado de um país revirado do avesso. De um país situado bem perto da Turquia. A Síria.

Na Síria encontrávamos cidades e lugares deslumbrantes, cheios de luz, de pé preto e sorriso branco, de mão estendida e de carteira em casa, sendo um dos pontos de referência de viagens para inúmeras pessoas que queriam conhecer por exemplo Damasco ou Aleppo que era uma das mais antigas cidades habitadas no mundo.

A guerra teve início em 2012, foi um país que sofreu bombardeamentos, população massacrada, fugas em massa, inúmeras crianças que perderam a vida, e tantos outros corpos que não foram encontrados.

É redundantemente impossível ficar indiferente a estas notícias, colam-se nos nossos olhos todos os dias. Quer seja nos jornais, na televisão, na internet ou na rádio, pensamos sempre quando nos deparamos com esta catástrofe no porquê de isto estar a acontecer, no porquê de se matarem inocentes, mais uma vez como tantas outras que já aconteceu, não sendo assim um bom método para reivindicar o que tanto querem.

São inúmeros os questionamentos que vamos fazendo para nós mesmos, mas sem resposta possível. A única certeza que temos é que os que lá estão, cidadãos comuns afectados por esta catástrofe, tentam dar o seu melhor para não passar aos seus filhos a preocupação constante e iminente a cada esquina cruzada. Fazem de uma banheira um parque de diversões e entre as mil gargalhadas os mais pequenos não notam a catástrofe que os rodeia e, assim se sobrevive mais um dia.

“You can destroy a country. But you can’t destroy a parent willing to do whatever they can to keep their kids happy – despite the world around them.”

 

Pray for Síria

Tempo de Luz

H e l l o.

Prepare o coração e sobretudo a vida. Abra os braços mas sobretudo o sorriso. Não perca o foco, e muito menos perca a fé e a esperança que ostenta no peito.

A vida está a mudar, a melhorar digamos até.

É que Deus quando te fecha uma porta, escancara-te um portão, mil janelas e janelinhas por onde tu podes singrar. Pode realmente demorar, mas até essa demora é lição, é aprendizagem e sobretudo para te preparar e para te por à prova.

O que era todos os dias pedido com o coração e com tanta força surgiu. Não bateu à porta, eu fiz questão de lá estar à espera. Foi uma espera de guerras somadas até à batalha final, criando condições para a oportunidade surgir.

O tempo é por vezes tão traiçoeiro quanto relativo. Sabes que o que mais queres está a um passo de o conseguires, mas o tempo teima em não te deixar alcançá-lo. Talvez porque não seja o tempo certo ou oportuno. Talvez porque não tem de ser já e agora como queres e desejas com essa teimosia e resiliência que te caracteriza. Talvez quiçá, porque tens de aguardar, porque tens de ter calma, condições, segurança e aliança para tal e, o tempo esse que por vezes é tão amigo como traiçoeiro e relativo, apenas te dá os sinais que precisas. Que é tempo.

No final depois de uma longa e desgastante espera, de tanto esforço, brio e ousadia, vais reflectir que todo o tempo foi necessário para assim compreenderes melhor o que realmente te esperava, o que realmente era necessário e indispensável, mas sobretudo para perceberes que tudo o que acontece no tempo de Deus chega cheio de perfeição.

Agora, vou relaxar, tomar um café bem forte um wisky e ostentar um sorriso do mesmo tamanho mas com uma luz maior e com um orgulho tremendo.

  Que  sempre saibas quais as batalhas que realmente valem o teu suspiro e dedicação

Um amor que não morre

Hoje decidi partilhar com vocês um amor, mas não é um amor qualquer. Não foge à regra dos outros. Tendo de ser vivido então, intensamente, livremente, com o coração carregado de bondade e sobretudo humildade. Um amor que tal como os outros também tem de ter sacrifício e entenda-se sacrifício como algo que te obriga a dar o teu melhor, a saberes todos os dias mais e mais, para assim poderes servir a causa e não servires-te da causa, como muito acontece por aí, mas isso são outras conversas.

Vou aqui confessar o porquê de eu um dia ter assumido esta missão de heróis. Ter dado tudo por esta causa e me ter apaixonado infinitamente por algo que eu não sabia que ia ser tão importante para mim e que me iria fazer tão feliz.

Um dia, à hora de jantar em casa disse aos meus pais que queria ser bombeira. Eles claro, cientes de todos os riscos que um bombeiro corre, do que está sujeito, das horas mal dormidas, da correria e sobretudo de toda a exigência que impunha usares aquela farda, disseram-me não. Fiquei amuada claro por não ter sido aprovada a minha vontade e sobretudo por me cortarem logo as bases.

Passado um ano, estou a caminho do Porto com o meu pai, mas a viagem nem a meio chegou. A famosa estrada da morte IP4, agora A4, estava em fase de conclusão pelo que apenas havia uma faixa para cada lado, tornando o espaço bem reduzido e sem aquela berma que por todas as estradas existe ate uma valeta. A música que tocava no meu cd que fazia questão de por sempre que entrava no carro era se não estou em erro era qualquer coisa do género “agora eu quero ver levantar a tua mão e tirar o pé do chão, nesta onda de paixão. Pois bem, ironias do destino, levantei uma mão, depois a outra, os pés, sei lá. Em fracção de segundos vi a minha vida a acabar ali. O meu pai ia concentrado na estrada. Parecia pelo menos. Tinha um cigarro na mão. Que eu supus que ele o quisesse fumar e iríamos encostar na estação de serviço, mas não. Passei a estação de serviço e ele não disse nada. Uns 200m à frente começou o meu pesadelo.

O meu pai começou a ter um ataque de epilepsia. O mundo parou naquele momento. Eu perdi a noção do tempo e do espaço. A primeira reacção foi abrir os vidros, por 4 piscas e pegar no telemóvel. Acelerava a fundo pois na minha ideia já estava mais perto de Vila Real. Do outro lado da chamada uma sra do CODU NORTE atendeu a minha chamada, expliquei tudo muito aflita e sem saber o que fazer. Ela pediu que encostasse o quanto antes e assim fiz, mal tive oportunidade. O condutor do carro que vinha na nossa retaguarda apercebeu-se que algo não estava bem, encostou um pouco mais à nossa frente e veio a correr para me auxiliar. Eu comecei a correr na direcção dele pois o CODU pedia-me o km a que estávamos e eu não sabia dar essa informação.

Estava completamente em pânico.

A Brigada de Trânsito nem um minuto demorou a parar atrás de nós, sendo um dos agentes e dar toda a informação necessária acerca da localização ao CODU. Eu com toda a aflição e porque só sabia o básico arrastei o meu pai do carro para o chão, deixando-o voltado para o lado esquerdo. Felizmente e porque estávamos perto, a SIV Mirandela não tardou a chegar para nos auxiliar. Uuuuffff, que alívio quando vemos esses homens e mulheres não é ? Eu na altura, confesso que nada percebia do assunto e só queria que eles levassem o meu pai dali. Fizemos inversão de marcha em direcção a Mirandela pois estávamos apenas a 5min do hospital.

Quando cheguei ao Hospital de Mirandela é que a ficha caiu e comecei a perceber tudo o que se estava a passar. Estava sozinha, não sabia como ligar para casa dando a notícia à minha mãe pois sabia que ela iria ficar super aflita.

Felizmente tudo acabou bem.

Passado 2 meses, cheguei a casa e tal como da outra vez à hora de jantar disse aos meus pais “inscrevi-me nos bombeiros”. O que me aconteceu, fez-me pensar que se a passagem de informação para o CODU e a resposta da SIV não tivessem sido tão rápidas, eu não sei o que poderia ter acontecido.

Então reflecti, “eu também posso ajudar alguém que esteja na mesma situação ou em outras parecidas, necessitando de nós”. E sabem ? Foi sem dúvida a melhor decisão, que tomei em toda a minha vida. A minha corporação, Bombeiros Voluntários de Bragança sempre será a minha segunda família. Considero-me uma sortuda por lidar com profissionais de excelência, pessoas com diversos feitios e ideais, mas ali aprendemos a lidar com todas as situações de socorro como também com as diferenças de um ser humano, formando assim um só que dá origem a uma equipa incrível de homens e mulheres que lutam pela mesma causa.

Hoje resta-me sentir um orgulho tamanho pela farda, pela luz que apareceu na minha vida e sobretudo agradecer aos meus colegas. Foram eles os responsáveis por toda a minha aprendizagem e crescimento com aquela farda.

Um bem haja a todos quantos vestem a farda de bombeiros e a sabem HONRAR.